terça-feira, 20 de julho de 2010
Rapaz é acusado de roubar 55 centavos de dólar.
O norte-americano Tyler Challis foi preso em Yukon, no estado de Oklahoma (EUA), acusado de roubar 55 centavos de dólar do carro de uma mulher. O jovem foi flagrado pela dona mexendo em seu veículo, segundo reportagem da emissora “Koco”.
O jovem alegou para a mulher que estava tentando devolver alguns CDs para um amigo e confundiu seu carro com o dela. No entanto, quando a vítima o questionou novamente, ele fugiu. Um vizinho o perseguiu e, em seguida, chamou a polícia.
Quando os policiais interrogaram Challis, ele admitiu ter roubado 55 centavos de dólar do carro da mulher.
Fonte: http://caramujonoiado.blogspot.com/2010/07/noticias-bizarras2.html
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É incrível como a noção de valor varia de pessoa pra pessoa. Um valor tão ínfimo quanto o afanado pelo rapaz lá da terra dos touros sentados foi o suficiente para ter complicações com o estado de direito. Cada doido com a sua mania.
Para as mentes acostumadas às deduções fantásticas e horas ininterruptas de episódios do CSI, uma idéia lógica seria a de que o carro da senhora foi arrombado com a intenção de roubar coisas maiores, até o próprio carro, se houvesse tempo. Como o gatuno foi surpreendido, limpou apenas 55 centavos. Não seriam boas policiais...
Nossos velhinhos estão acostumados a nos educar com frases do gênero: “Quem rouba um centavo rouba um milhão de dólares, basta a oportunidade”. Não há como questionar a validade desse axioma, mas o mais inteligente, ainda imoral, se alterássemos a ordem dos fatores: ”Quem rouba um milhão não rouba só um centavo”.
O valor das coisas está na relevância que atribuímos, de fato, a elas. Não é a toa que Saint-Exupéry cita magistralmente no Pequeno Príncipe: “Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante”. O tempo que a proprietária dedicou para ganhar os 55 centavos que o tornaram tão importante!
Não há exagero em nada. Apenas valores.
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