
Uma sinalização pintada no asfalto de uma estrada perto de uma escola em Greensboro, no estado da Carolina do Norte (EUA), foi flagrada nesta segunda-feira (9) com um erro de grafia. Em vez de "School", a sinalização foi grafada como "Shcool".
Fonte: http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2010/08/sinalizacao-e-flagrada-com-erro-de-grafia-nos-eua.html
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Escrever não é uma arte tão difícil assim. Basta conhecer as normas e utilizações de uma língua, aplicá-las na construção textual e as coisas estarão minimamente equilibradas. O problema é comparar o que você escreveu com as obras dos escritores referenciais da linguagem mãe na qual foi escrita. Um exemplo. Não comparem, jamais, os devaneios e bizarrices de um blogueiro com um escrito do Machado de Assis ou de um Moacir Sclyar.
Muito se defende que se fazer entender é o objetivo mestre de toda linguagem ou língua, não me peçam a distinção entre esses dois termos. O entendimento desses conceitos é chato e pouco produtivo para a cultura de um cidadão, posto que a premissa maior fundamenta-se no “fazer-se” compreender.
Caríssimos. Tornar-se claro e compreendido pelo mundo não é só ambição de quem escreve ou fala, mas de todo animal! Um adulto; uma criança; uma onça faminta; um cão de estimação; todos agem no limite de suas forças para valer a sua vontade. Enquanto uns falam, outros falam e escrevem, uns gemem, outros agem mais incisivamente.
Não há dúvida de que os agentes de trânsito do Estado da Carolina do Norte se fizeram entender. Para os apologistas de que a questão central da escrita é ser compreendida, os motoristas entenderam, sem problemas, o aviso de que passam perto de uma área educacional. A ordem das letras não altera a escola.
Marquês de Sade dizia que só se dirigia às pessoas que podem entender suas obras, pois essas estão em condições lê-las sem perigo. O público alvo da mensagem na rua acima ilustrada são os motoristas, sem o ônus do risco. Qualquer pessoa letrada na língua inglesa assimilou o recado. Não precisa corrigir.
3 comentários:
Ulisses, você foi diretamente ao "x" da questão. Houve comunicação, apesar do deslize ortográfico. Se a preocupação em "corrigir" o que muitas pessoas falam ou escrevem no dia a dia fosse determinante para a comunicação das pessoas, acredito que muita gente iria preferir se comunicar por sinais ou outro código que não fosse verbal. Claro que o registro formal, culto, jamais pode ser deixado de lado. O que não pode haver é "pedantismo" de quem se julga o conhecedor de todas as regras ortográficas e gramaticais. O pior é que há tantas pessoas "linguístico-pedantes" que corrigem a fala e a escrita dos outros mas não enxergam suas próprias "escorregadelas" no idioma, seja de Shakespeare, de Cervantes ou de Camões...
Legal, interessante, o post.
http://lollyoliver.wordpress.com/2011/02/22/nao-adianta-eu-querer-fingir/
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